sexta-feira, 17 de julho de 2009

Não


Olho-te tão pleno, tão sereno, tão ameno. Nunca é o suficiente para explicar o que jamais será presente.

Admiro-te em cada porção, em cada dimensão, em cada emoção e vem-me a razão.

Querer-te não devo e por isso escrevo. Escrevo o que decorre em minha mente, que transcorre em meu peito, latente.

Gosto-te escondida, incontida em vontades que jamais serão realidades.

És feliz, és amado, mas por mim, continuará sendo um sonho esperado.

Venero porque puramente te quero.

Arquitetei um bem-querer surreal, não ideal.

E por amar-te tão amiúde, guardei-te onde ninguém saberá, onde jamais sairá e onde sempre estará: No meu coração e na razão do não.

Jaque Crivilatti